quarta-feira, 9 de março de 2011

Soneto

Canta pra mim
um sol maior
um solo qualquer
um bleu;
um céu destes instantes
de aplausos nus,
ao son sombrio
e assobios que nada diz.

Canta pra mim
em alto ton
de dó me ensaia
pois de ouvir tanto
nada aprendi,
nada me diz a música
que de mim inspira
lágrimas...

Canta pra mim
enquanto abraças teu violino
deixa soprar baixinho
o shou ainda vai começar,
toca, meu coração se exalta;
não me importa que me interprete,
seu chão é so cera,
ao menos acena pra mim.         

Canta pra mim
antes que a luz se apague
meus olhos te querem, sol!
não te faças mudo
a vida é real,
e eu nada aprendi,
nada me diz este rítimo
de cores bleu
dos teus olhos. 


            Silvio Ramos Tomas
           


                 

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